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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A FIGUEIRA INFRUTÍFERA.


Era uma manhã de segunda-feira, início da semana em que ocorreu a paixão de Cristo. Jesus e os discípulos estavam saindo de Jerusalém em direção a cidade de Betânia, à na beira do caminho e ao longe, podia se avistar uma frondosa e convidativa figueira. O evangelista Marcos sobre a árvore comentava: "A figueira não tinha senão folhas, porque não era tempo de figos" Mc 11.13;

Figueiras são muito comuns na Palestina onde se podia encontrar pelo menos três espécies da planta.
- O figo precoce que amadurece no final de Junho.
- O figo de verão que amadurece em Agosto.
- O figo de inverno que é a maior e mais escuro e também permanece na figueira por mais tempo, chegando a ser colhido, por vezes na primavera.

Vale lembrar que na figueira, o que aparece primeiro são os frutos e depois as folhas. E vendo de longe uma figueira com folhas, seria normal encontrar frutos. Vamos examinar  o que diz os Evangelhos sobre o encontro de Jesus com a figueira infrutífera:
"No dia seguinte, quando saíra de Betânia Jesus teve fome. E vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou senão folhas, porque não era tempo de figos. Então lhe disse Jesus: nunca mais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isso. E, passando pela manhã, viram que a figueira se secara desde a raiz." Mc 11.12 a 20;
Mateus descreve a passagem de modo diferente ao que provoca uma ceta polêmica quanto à interpretação: "A figueira secou imediatamente, vendo isso os discípulos, admiraram-se e exclamaram; [Como secou depressa a figueira!]" Mt 21.19;

Teria a figueira secado imediatamente como afirma Mateus, ou tempos depois de Jesus ter orado decretando a sua morte como diz Marcos? Esclarecer o tempo exato em que a figueira morre pode ser útil, mas  não é o que há de mais importante na passagem. Os céticos se prendem aos dilemas de interpretação para fundamentarem suas descrenças, desprezando o contexto. Para o crente, contudo não é a dúvida que prevalece, mas a certeza de que o milagre aconteceu na hora e no tempo certo sendo para Deus possível  todas as coisas.
Jesus poderia ter abençoado a figueira e fazê-la dar muitos frutos, mas porque escolheu o contrário? Isso é intrigante para muitos. O Mestre de vida havia ressuscitado mortos, curado doentes, expulsado demônios e ensinado pacientemente a pecadores, porque não transformar a figueira de infrutífera para frutífera? É uma pergunta interessante para se fazer.
Consequentemente a resposta nos seria ainda mais surpreendente se considerarmos alguns dos acontecimentos ocorridos naquele dia na vida de Jesus e dos discípulos.
Primeiramente, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho, Ele é aclamado pela multidão como "filho de Davi, o que veio em nome do Senhor" Mt11.9; Não obstante os corações cheios de fé, manifestando a chegada do Reino de Deus, estavam presentes ali os fariseus, revoltados, cheios de ódio e inveja pedindo silêncio para as crianças que louvavam a Jesus.

Depois deste acontecimento, Jesus se dirige ao templo e expulsa os cambistas que faziam do local ponto de comércio; "...está escrito a minha casa será chamada casa de oração; vós porém, a transformais em covil de salteadores." Mt 21.13;

Era uma parada em Betfagé.

Depois disso, Jesus e os discípulos seguem em direção a Betânia.  Sabem qual a região está situada entre Jerusalém e Betânia? O povoado de Betfagé. Muito provavelmente foi neste local que aconteceu a morte da figueira sem frutos. Betfagé significa: "casa dos figos" um povoado repleto de figueiras! Mas uma delas chamava a atenção porque estava na beira do caminho e se mostrava promissora quanto aos frutos. apesar de não ser tempo dos frutos. A cidade das figueiras foi onde Jesus parou para "saciar a fome" Mt 21.18; mas não encontrou um fruto sequer.

Assim como o templo "casa de oração" havia se transformado  em covil de salteadores em demostração de hipocrisia religiosa, a casa dos figos" também dava demostração de hipocrisia ao demonstrar na aparência aquilo que não era. Assim como o templo de Jerusalém simbolizava os rituais farisaicos que externavam vaidade e desamor, sem frutificar para matar a fome dos necessitados de espírito, a figueira igualmente passava esta mensagem.

O prejuízo causado pela religiosidade dos fariseus era enorme, um sistema totalmente corrompido por interesses pessoais e distante de Deus, ao que Jesus muito criticou: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer prosélito; e uma vez feito, o tornais filhos do inferno duas vezes mais que vós." Mt 23.15;

A figueira sem frutos, mas com muitas folhas era um engano! Ela atraia os famintos, mas não saciava a fome. Verdade é que dava sombra, assim como dava sombra fazer parte do sistema religioso da época: status, regalias, fama, comodidade. Mas não bastava dar sombra, era preciso frutos, frutos!

Benção e a maldição.

"Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidares, não fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te ao mar, tal sucederá; e tudo quanto pedirdes em oração crendo, recebereis." Mt 21. 21 e 22;

Cumpre-se nas palavras finais de Jesus junto a figueira, uma grandiosa lição sobre fé e oração. A decepção com a "casa de oração", transformada em covil de salteadores, não era o único lugar a se recorrer para se alcançar o milagre. Não era necessário fazer parte de um sistema, de uma religião para ser ouvido por Deus. Era preciso ter fé, não duvidar, não ser hipócrita a ponto de querer demonstrar aos homens algo que não era. A mentira e a esterilidade espiritual não eram requisitos para alcançar e  ser alcançado por Deus. Essa natureza deveria morrer, assim como morreu a figueira. E morrendo era necessário que surgisse um novo e sincero ser, capaz de buscara a Deus em oração para ver a transformação.

Jesus não destrói algo se não for para cumprir um objetivo maior. Essa lição está presente nos Evangelhos, na figueira morta. Ele mesmo se entregou à morte para que através desse acontecimento, houvesse  vida para todos os que cressem. E Ele fez isso sendo inocente, simplesmente por amor. O melhor de tudo é que Ele venceu a morte, tendo ressuscitado para resgatar um povo para Seu Reino. A morte da figueira é o que de melhor pode acontecer quando essa figueira em si é a própria morte. Uma morte que pode ser vencida pela vida de Cristo.

Deus nos abençoe!

                                                       Pastor André Costa.

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